Uma Brasileira vivendo em Aukland, NZ

Um intercâmbio pode trazer aprendizados para a vida toda!

Um intercâmbio pode trazer aprendizados para a vida toda!

Quando a Patrícia me perguntou qual a viagem que mais marcou minha vida, não teve como não pensar nos meus intercâmbios. Em cada um deles aprendi alguma(s) coisa(s). Mas um que me marcou demais foi o intercâmbio de trabalho que fiz para os EUA. A maioria das pessoas faz esse tipo de intercâmbio nas nossas férias de verão (3 meses), mas o meu durou um pouco menos que 1 ano.

Este não foi o meu 1º intercâmbio (o 1º foi o da Dinamarca que contei lá no meu blog), mas foi o mais longo. Era um intercâmbio na minha aérea de estudo (tinha acabado de me formar em Turismo e fui trabalhar em um hotel) e além de tudo, fiz faculdade na minha cidade e não saí de casa, ou seja, era minha primeira vez morando sem meus pais e tendo que me virar sozinha. Não preciso nem dizer que aprendi pra caramba né?

A viagem surgiu quando estava terminando a faculdade e não sabia para qual área de Turismo seguir. Fiz diversos estágios nos 4 anos em áreas diferentes, mas ainda faltava um hotel. Já falava bem inglês então esse não era o problema. Procurei por outros programas de intercâmbio na Itália, Espanha ou França, mas não achei nada legal. EUA não era a minha primeira opção, mas achei legal a proposta da AHA (American Hospitality Academy) de ter aulas sobre Hospitalidade (uma vez por semana) e fazer  o estágio ao mesmo tempo.

Com estagiários do AHA em um evento do Rotary – representando o Brasil com outros intercambistas do Líbano, Holanda, Jamaica, Uganda, Zimbábue e Japão.

Entre as 3 opções oferecidas, eu escolhi a menor e menos conhecida para os brasileiros, Hilton Head Island, na Carolina do Sul, simplesmente porque seria um destino mais difícil de conhecer em outra oportunidade. Claro que gostei do que vi nas minhas pesquisas pela internet. As outras opções eram Flórida (super fácil de voltar a qualquer hora) e Myrtle Beach (que é um pouco maior e mais agitada do que Hilton Head, mas não fui muito com a cara do que vi pela internet).  Estando lá era bem difícil ter dias de folga seguidos então só fiz algumas viagens rápidas para cidades próximas como Savannah, Charleston, Beauford e Bluffton. Poderia ter estendido a volta e viajado pelos EUA ao final, mas aí o Natal já estava chegando e queria passar essa data em casa porque já tinha perdido o Natal anterior. Não era minha primeira vez nos EUA e nem seria a última então não estava desesperada para conhecer tudo. Um ponto negativo da região é que o aeroporto + perto era o de Savannah, que era complicado de chegar e com poucas ofertas de voo, ou seja, se fosse viajar, iria gastar muito dinheiro e tempo com deslocamento e só valeria a pena se tivesse mais dias. Então preferia curtir com os amigos na cidade mesmo.

Hilton Head Island sedia uma etapa de um dos torneios de golfe mais importantes dos Estados Unidos e o último buraco tem uma ótima vista do farol de Harbour Town. A cidade é a meca dos golfistas norte-americanos.
A marina Harbour Town é o point da ilha e tem um farol que é o símbolo de Hilton Head Island, SC.
Passeando em Savannah com amigos do Kenya, Filipinas e Jamaica.
Passeando com amigos em Charleston – todos aí estavam fazendo o mesmo programa que eu, mas além de mim, só tem mais uma brasileira na foto.
As casas históricas típicas de Charleston.

Foram tantas as experiências marcantes! Aprender a cuidar da casa, dividir o apê com várias meninas (ao longo do ano tive várias flatmates, dos EUA, Quênia, Jamaica, Coréia do Sul e Holanda), aprender como uma empresa americana funciona, aprender como tratar os clientes do ponto de vista dos americanos (muito mais cuidadosos e detalhistas do que os brasileiros por sinal), ser reconhecida pelo trabalho (os americanos tem toda uma cultura de feedback, gorjeta, prêmios por reconhecimento etc e não existe nada igual por aqui), aprender a trabalhar com pessoas de culturas tão diferentes (meus co-workers eram da Inglaterra, Irlanda, País de Gales, Jamaica, Hungria, Argentina e Índia, além de americanos), meus primeiros 3 ou 4 meses sem ver absolutamente nenhum brasileiro e também participar de eventos como Halloween, Dia da Independência (4 de julho), Páscoa, Thanksgiving, etc e entender um pouco mais de outra cultura.

Um dos prédios do condomínio onde eu morava.
No meu apartamento com uma amiga e duas flatmates americanas. Nessa foto dá ter uma ideia de como eram a cozinha e a sala de jantar.

Acho que consigo resumir essa viagem em 2 grandes lições: buscar a excelência em tudo que se faz – tem gente que é anti-americana, mas temos que admitir que nessa área de serviços, ninguém é mais eficiente do que eles! Além disso, como lidar com as diferenças culturais na sua própria casa e no trabalho.

Hotel onde eu trabalhava visto pelos fundos.
Meu local de trabalho – a recepção do “The Inn at Harbour Town”.
Na garagem do hotel – eu adorava quando tinha que dirigir o carrinho de golfe!

Não tenho nem palavras para dizer como é SENSACIONAL fazer um intercâmbio! Todo mundo deveria fazer e se possível até mais de um – cada um traz experiências e aprendizados únicos

Patricia Furlan

Patricia Furlan

Paulistana, publicitária, psicanalista e apaixonada por viagens! Atualmente morando em Auckland na Nova Zelândia. Neste blog e nas redes sociais eu te ajudo a encontrar os lugares mais legais pelo mundo!

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